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Jogos Vorazes - The Hunger Games (2012) de Gary Ross

  • Thiago Beckenkamp
  • 13 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura

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Assim como muitos filmes de ficção científica, Jogos Vorazes nos apresenta um regime autocrático. Onde a massa é controlada por um indivíduo ou um grupo. Esse tema não é abordado por acaso, já que na maioria das vezes esse tipo de filme utiliza-se de metáforas sobre a contemporaneidade.

Honestamente eu demorei algum tempo para assistir o filme. Por algum motivo eu tinha-o como apenas mais um filme “teen”, algo que não me atrai no cinema. Mas como eu não sou coxinha decidi assisti-lo.

Em alguns momentos achei que o que eu veria seria mais uma história de amor jovem, com um menino e uma menina que superam as dificuldades para conseguirem ficar juntos. Mas o filme é felizmente mais do que isso. Katniss Everdeen, personagem de Jennifer Lawrence, se voluntaria para tomar o lugar de sua irmã mais nova nos Jogos Vorazes. Katniss é uma jovem que vive no distrito mais pobre da Pagem (conjunto de distritos que forma o novo mundo pós guerras). Cada um desses distritos oferece um jovem e uma jovem entre 12 e 18 anos para competir até a morte no jogo.

Para minha surpresa me deparei com temas muito diferentes dos que os apresentados nos filmes pop atuais, e um grau de tensão completamente inesperado. O filme possui uma estética colorida e viva, algo que evidencia a indiferença dos cidadãos da capital quanto ao jogo que acontece todos os anos e está em sua 74ª edição. Além da banalização do fato que todos os anos 23 jovens são sacrificados para manter a ordem através do medo, tal como entreter os espectadores do programa, que é exibido pela televisão.

O filme é obviamente voltado para um público jovem. Apesar das cenas de violência, durante todo o filme eu tive uma sensação de que estava assistindo uma versão da Disney do filme “1984”. Mas não me entendam mal. Não considero isso como algo negativo. Na verdade acho isso fantástico, já que vivemos em uma época onde o que é considerado “teen” é algumas vezes pobre de conteúdo, e com o mero intuito de entreter. Fiquei muito satisfeito em ver um filme pop que critica assuntos voltados à política e a vida em sociedade. Um filme que dá aos jovens a oportunidade de pensar sobre aspectos não apresentados em filmes de entretenimento convencionais. Talvez esta seja uma porta de entrada para que um novo tipo de público tenha a oportunidade de conhecer o outro lado do cinema.

 
 
 

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