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Oldboy (2013) de Spike Lee

  • Thiago Beckenkamp
  • 10 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura

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Se existe uma coisa que me tira do sério no cinema, são remakes americanos quando não são necessários. É como um tapa na cara do cinema estrangeiro, como se dissessem “nada mal o seu filme, agora nós vamos fazer direito”. E essa, na minha opinião, é uma das coisas mais “coxinha” que existe no mundo do cinema.

O filme Oldboy, do diretor Spike Lee, é um remake do filme Koreano de mesmo nome, do diretor Chan-Wook Park. Se eu não conhecesse o filme original, teria achado o remake um filme bom, afinal ele tem um roteiro envolvente e interessante, e apesar de não ter a intensidade do filme de Chan-Wook Park, ele possui um bom ritmo, com cenas que misturam drama, ação, e muita tensão. Porém em comparação com o filme original é completamente desapontador.

A direção de Spike Lee também deixou muito a desejar. Com movimentos de câmera repetitivos que cansam o espectador. O que é de surpreender, já que geralmente a principal característica dos remakes americanos é uma tentativa de melhoramento estético.

O filme conta com atores fantásticos que foram usados da pior forma possível. Samuel L. Jackson em um papel completamente sem graça, mas que tinha potencial se bem explorado. E Sharlto Copley, ator que se destacou nos Filmes “Distrito 9” e “Elysium”, Interpreta o personagem mais profundo do filme, mas nem a melhor atuação do mundo salvaria um personagem que perdeu toda a essência de sua idealização original.

Mas nem tudo é contra, o filme possui alguns prós. É difícil pensar no personagem principal sendo interpretado por outro ator que não seja Min-Sik Choi. Mas Josh Brolin se encaixou muito bem no papel. Além disso, são merecidos os créditos pela cena clássica da luta em plano sequência no corredor, que ficou muito boa.

Eu geralmente consigo abstrair muitas coisas quando assisto um filme, e faço uma separação entre prós e contras, formando assim uma opinião crítica sobre o filme, que vai além da minha opinião pessoal e meus gostos. Porém este filme foi um dos poucos casos em que os prós foram esmagados pelos contras. Uma tentativa falha e inútil de refazer uma obra que beirava a perfeição. Uma verdadeira ofensa ao mundo do cinema, aos expectadores, e principalmente ao cinema estrangeiro.

 
 
 

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