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Moonrise Kingdom (2012) de Wes Anderson

  • Thiago Beckenkamp
  • 10 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura

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Após se comunicarem através de cartas durante algum tempo, Sam (Jared Gilman) e Suzy (Kara Hayward) fogem e se encontram como haviam planejado. Enquanto isso, o Capitão Sharp (Bruce Willis), o chefe dos escoteiros Ward (Edward Norton) e o pai de Suzy, Walt Bishop (Bill Murray), começam uma busca pelos jovens desaparecidos.

O filme possui uma estética maravilhosa, com cores fortes e marcantes, que facilitam o aceitamento do universo com cara de sonho que foi criado. Como de costume, Bill Murray está presente. Acho impressionante como ele sempre se encaixa perfeitamente nos papeis que interpreta nos filmes dirigidos por Wes Anderson. Sua neutralidade faz com que ele se adapte a qualquer tipo de personagem convencendo o expectador totalmente. O diretor parece gostar de tirar os atores dos seus padrões ao coloca-los em papéis onde o público não está acostumado a vê-los, como Edward Norton, que interpreta o cômico chefe dos escoteiros.

O filme se situa na sua própria realidade. Os comportamentos e situações surreais passam a ser facilmente aceitos conforme vamos nos aprofundando no universo do filme. E apesar dos personagens principais serem crianças a história não é nada infantil em seu cerne. Assim como em “Rushmore”, o personagem principal é um garoto maduro e inteligente, que possui uma visão que vai além do pequeno mundo que o cerca.

A beleza do filme só se equipara ao seu nível de melancolia nostálgica. O romance vivido pelos jovens é puro e inocente. Apesar de cenas que podem ser consideradas “politicamente incorretas” na época em que vivemos. O que, em minha opinião, é a mais pura hipocrisia.

Não canso de afirmar que Wes Anderson é um dos maiores diretores da atualidade. Seus filmes tem o poder de causar estranheza, alegria e melancolia, mas não em momentos diferentes, esses sentimentos vem todos em um único pacote. E é justamente esse contraste que faz de seus trabalhos obras únicas. Wes Anderson é um dos poucos diretores que consegue misturar tudo isso com perfeição, sem que nada se atropele.

 
 
 

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